O Centro de Saúde de Idanha-a-Nova tem uma situação de carência de profissionais de saúde que limita a sua capacidade de resposta. O concelho de Idanha-a-Nova tem cerca de 8.300 habitantes, mas é um dos maiores concelhos do país em área, com povoamentos muito dispersos e com uma população envelhecida.
Existem neste momento quatro médicos no quadro, mas a iminente situação de reforma de alguns pode reduzir o número ainda este ano. A este número acrescem médicos contratados sem especialidade, o que não garante a estabilidade necessária e limita a sua acção. A falta de pessoal administrativo também condiciona e limita o funcionamento da unidade de saúde e leva ao adiamento de consultas.
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PS LOCAL INSISTE EM SOLUÇÕES PRIVADAS
A Câmara Municipal tem vindo a insistir em soluções fora do Serviço Nacional de Saúde, favorecendo o negócio da saúde.
Tal como o PCP denunciou aquando do anúncio da contratação de um seguro privado de saúde para os munícipes, nas palavras da maioria PS no município “complementar ao Serviço Nacional de Saúde”, os privados não garantem equidade no acesso à saúde.
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PÚBLICO É PARA TODOS, PRIVADO É SÓ PARA ALGUNS
O PCP relembrou que a solução para os cuidados de saúde dos cidadãos está no Serviço Nacional de Saúde. Os privados não responderam e revelaram não ter capacidade, nem interesse em responder à situação epidémica e as seguradoras foram as primeiras a vir público dizer que os seguros de saúde não cobriam as situações de surto.
Os privados do negócio da doença já recebem mais de 40% do Orçamento do Estado dedicado à saúde. É cada vez mais claro que à medida que cresce o seu financiamento diminui o financiamento ao SNS e diminui o acesso dos utentes aos serviços de saúde.
O PCP continua a dizer que ao executivo municipal de Idanha-a-Nova caberia adoptar uma atitude reivindicativa no sentido de valorizar as estruturas do SNS no Concelho e não favorecer o aparecimento de mais negócio numa área que deveria ser encarada como um direito.
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PCP APRESENTOU MEDIDAS PARA O SNS –
TAMBÉM NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA PS VOTOU CONTRA
Na discussão do Orçamento de Estado para 2022 o PCP propôs várias medidas para o reforço do SNS. (Todas contaram com o voto contra do PS)
- Regime de dedicação exclusiva ao SNS;
- Eliminação das taxas moderadoras no SNS;
- Reforço das Unidades de Saúde Pública
- Reforço de meios do INEM;
- Reforço da Saúde Oral nos Cuidados de Saúde Primários
- Contratação de 100 trabalhadores para as Unidades de Intervenção Local nos comportamentos Aditivos e Dependência;
- Reforço da resposta em cuidados paliativos no SNS;
- Internalização de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica;
- Reforço da resposta pública em Cuidados Continuados Integrados;
- Substituição de Equipamentos Médicos Pesados e Modernização e Inovação Tecnológica nos Estabelecimentos Hospitalares
- Contratação de optometristas para os Cuidados de Saúde Primários
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O REFORÇO DO SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE
É ÚNICA GARANTIA DE ACESSO UNIVERSAL À SAÚDE
Só com o SNS é possível garantir o acesso universal de toda a população e em todo o território aos cuidados de saúde, incluindo todas as valências e especialidades, independentemente da sua condição económica ou social, e uma política de prevenção da doença e promoção da saúde e não apenas de tratamento da doença, garantido uma melhor qualidade de vida.
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As populações podem contar com o PCP na defesa intransigente do SNS, Público, Universal, Geral e Gratuito.