Análise, do Secretariado da DORCB do PCP, aos resultados das eleições para Presidente da República
1 – O trabalho de afirmação do projecto (por cumprir) de desenvolvimento contido na Constituição da República, realizado pela candidatura de João Ferreira, perdurará no futuro e levou a um avanço da candidatura no Distrito de Castelo Branco.
2 - A candidatura avançou em 75% dos Distritos, em 73,4 % dos Concelhos e no circulo do estrangeiro, com um aumento de 17 127 votos no continente e Açores.
3 - Como afirmou João Ferreira todos os votos na sua candidatura continuarão a contar na defesa da democracia, das liberdades e direitos democráticos, no combate a projectos anti-democráticos e de confronto com a Constituição da República, assim como contarão como "ponto de apoio nesta luta que vai continuar por uma vida melhor. Com coragem e confiança, abriremos um horizonte de esperança na vida deste país."
A candidatura de João Ferreira a Presidente da República, apoiada pelo Partido Comunista Português e pelo Partido Ecologista Os Verdes, conseguiu levar mais longe os valores consagrados na Constituição da República Portuguesa e o seu enraizamento com Abril.
A campanha realizada, como nenhuma outra, colocou o valor do trabalho e dos trabalhadores, dos serviços públicos, do desenvolvimento, do ambiente e da liberdade e democracia no centro da sua intervenção.
O conteúdo e significado da campanha perdurará enquanto afirmação da necessidade de uma política alternativa patriótica e de esquerda, de progresso social, de garantia e efectivação de direitos, de afirmação de Portugal como nação desenvolvida e soberana.
Apesar da votação obtida ter ficado aquém do valor que a candidatura merecia, traduz progresso eleitoral quando comparado com a eleição de 2016.
No circulo eleitoral de Castelo Branco a candidatura de João Ferreira, apoiada pelo PCP e partido Ecologista “Os Verdes” em 2021, comparando com a candidatura de Edgar Silva em 2016, apoiada igualmente pelos mesmos partidos, teve um aumento de votos significativo no Distrito (499 – dados oficiosos) e um aumento percentual (de 2,28 para 3,53% ).
Um resultado que comprova que, também no distrito de Castelo Branco, tivemos o apoio de eleitores que nunca antes tinham votado num candidato proposto pelo PCP.
A candidatura recolheu, mesmo assim, um maior número de votos e subiu 1, 25 pontos percentuais no Distrito relativamente aos resultados da Candidatura de Edgar Silva.
Ao nível dos 11 concelhos do Distrito a candidatura aumentou a sua votação em 9 e manteve, no essencial, em termos absolutos, a votação em dois (Belmonte e Covilhã). Aumentou em termos percentuais em todos eles.
A candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa perde votos no Distrito (de 44.199 para 44.170) mas aumentou a sua percentagem (de 50,14 para 62,13%).
A candidatura de Marisa Matias, apoiada pelo BE, sofre uma grande redução de votos obtendo em termos absolutos (de 9358 para 2946 votos) e relativos (de 10,62 para 4,14%) resultados muito fracos em relação a 2016.
A candidatura de Vitorino Silva, apoiada pelo RIR, perde votos (de 2338 para 1869) e perde percentagem (2,65 para 2,63%).
Como se verifica, nas candidaturas onde é possível comparar, a de João Ferreira é a única que aumenta, em termos absolutos e percentagem.
A restantes candidaturas, novas em 2021, não atingem os 19.609 votos, muito longe dos candidatos de 2016, que agora não se candidataram, que obtiveram no conjunto 30.235 votos em 2016.
Menos eleitores e menos votantes podem estar na causa das diferenças, mas a candidatura de João Ferreira, apesar da redução de eleitores e de votantes subiu a sua votação.
Em 18 distritos e duas regiões autónomas, cresceu em termos absolutos e relativos em 14 Distritos e uma região (Açores), ou seja, em 75% das organizações administrativas, em 75% do território nacional.
As declarações da candidatura de André Ventura e Rui Rio na noite eleitoral, de referência à grande quebra eleitoral do PCP no Alentejo, não têm qualquer sustentação nos factos e números e serviram só para esconder a outra realidade, o crescimento da candidatura de João Ferreira em 75% dos Distritos, na região dos Açores, na Europa e da fora da Europa.
Por outro lado, o ruído produzido por André Ventura e Rui Rio serviu, tão só, para esconder que os seus objetivos não foram atingidos (ficar em 2º lugar e ir a uma 2ª volta) e comprova que não atingiram o inconfessado objectivo de esmagar a candidatura de João Ferreira.
Serviu também para marcar espaço e influenciar o guião da comunicação social na noite eleitoral e, desta forma, influenciar a opinião da população, que não volta a ver ou ouvir outros resultados nem ler outras análises dos resultados.
A candidatura de João Ferreira cresceu para um Portugal com futuro para um Portugal com um horizonte de esperança.
Após as eleições presidenciais aqui estaremos, ao contrário de outras candidaturas, a dar continuidade à luta de todos os dias, apelando à participação nas próximas ações de luta da CGTP-IN, às iniciativas no âmbito do centenário do PCP e à luta mais geral pelo desenvolvimento e bem estar das populações.
O Secretariado da DORCB do PCP