Realizou-se reunião com a União dos Sindicatos de Castelo Branco/CGTP-IN.
1. Uma delegação da União dos Sindicatos do Distrito (USCB/CGTP-IN) foi recebida, a seu pedido, pelo Secretariado da Direcção Regional de Castelo Branco do PCP. O objectivo da reunião, perante a perspectiva do Governo vir a concretizar o encerramento do Tribunal de Círculo e do Tribunal de Trabalho da Covilhã, foi a troca de opiniões sobre a situação daí decorrente para os trabalhadores e as populações do Distrito, particularmente da Covilhã, e a informação sobre as perspectivas de intervenção contra esta medida.
Todos sabemos que a Democracia implica a participação dos cidadãos, a diversos níveis. Mas, na nossa cidade este conceito parece ter uma interpretação diferente: basta votar de 4 em 4 anos.
Vem isto a propósito das anunciadas obras de “melhoramentos da Avenida 1º de Maio”.
A Comissão Concelhia de Castelo Branco do PCP debruçou-se sobre este assunto e verificou o seguinte:
Aquilo que há muito tempo o PCP afirmava e que se anunciava aconteceu.
Uma das três empresas da indústria tradicional (lanifícios e
confecções), que ainda laboravam nas freguesias de Cebolais e Retaxo,
encerrou portas.
Nenhuma das entidades responsáveis (Juntas de Freguesia, Assembleias de Freguesia, Assembleia Municipal e Câmara Municipal) tomou qualquer posição ou tentou tomar medidas para evitar mais este encerramento que enviou para o desemprego cerca de 40 trabalhadores.
Tal como os habitantes de Cebolais conhecem, a freguesia deixou de ter vida: o tempo em que as ruas se enchiam de trabalhadores quando iam ou saíam das fábricas acabou.
No País e no Distrito o Governo PS/Sócrates é responsável pelo agravamento da situação económica e social e pela
degradação de direitos democráticos fundamentais.
Cresce a luta dos trabalhadores e das populações por uma nova política e um novo rumo para o País.
1. Reunida em 27 de Outubro a DORCB do PCP considerou que, no Distrito de Castelo Branco, o quadro económico continua marcado por uma estagnação generalizada, sem que se vislumbre qualquer evolução positiva significativa. Continuam os processos de falência e encerramento de empresas, particularmente de pequenas e médias unidades na área do têxtil – como agora sucedeu com a Pereirinho de Cebolais e a Alfilex de Castelo Branco, empurrando para o desemprego mais de sessenta trabalhadores.
O aparelho produtivo definha, estrangulado pela banca e as taxas de juro, pelo preço da energia, por um criminoso diferencial de IVA de 5% relativamente a Espanha, por um Euro sobrevalorizado que limita as exportações.
A indústria têxtil está confrontada com o fim do memorando de limitação aos produtos chineses na UE, mas a Comissão Europeia e a Presidência Portuguesa desistiram da busca duma solução para o problema. O PCP insiste na necessidade de reponderação de medidas de salvaguarda dos interesses nacionais nesta matéria.
O Governo persiste na mesma política de desastre nacional e procura responder à insatisfação das populações com uns pozinhos de demagogia – é o caso da redução de 5% na taxa de IRC para o interior, que significa para as 10 000 empresas do Distrito menos 1 milhão de Euros de pagamentos ao Estado, ou seja, para a imensa maioria de pequenas empresas, uma redução irrisória, bem inferior a 100€ no ano de 2008, menos de 8€ mês.
As políticas deste Governo, que se confirmam neste Orçamento de Estado, insistem nas orientações neoliberais, no dogmatismo monetarista, na ortodoxia do déficit, nas privatizações, no corte brutal da despesa e do investimento público, no garrote ao mercado interno, no modelo económico de salários baixos e regressão social, em políticas económicas e fiscais que favorecem a especulação, a economia de casino e a desmesurada concentração da riqueza.
O PIDDAC - que a DORCB do PCP está a considerar em profundidade, para apresentar em devido tempo as suas propostas concretas -, confirma as orientações essenciais das políticas económicas de direita deste Governo e agrava ainda mais as assimetrias regionais, numa lógica de desinvestimento no interior, de ausência e ocultação dos grandes investimentos, de desvalorização da transparência e controlo democráticos e de instituição generalizada dos «sacos azuis» e de critérios partidários e clientelares.
Este Governo - que se diz socialista – fez de Portugal o país com mais injustiça social da União Europeia e está quotidianamente a aprofundar as assimetrias inter e intra regionais, o atraso e a desertificação do Distrito de Castelo Branco.