Após 12 anos de interregno a ligação da Linha da Beira Baixa com a Linha da Beira Alta foi finalmente restabelecida. É um importante acontecimento que vem ao encontro das pretensões e da luta da população da região e do país.
Para o PCP, o transporte ferroviário é fundamental para um verdadeiro sistema de mobilidade, quer pelas suas características estruturantes para o sistema, quer pelo lugar estratégico que ocupa na vida económica da região e do país, assegurando a circulação de mercadorias e bens e a mobilidade das populações, com benefícios para o ambiente e para um desenvolvimento sustentável.
O PCP defende que o comboio a curto prazo deve constituir-se como o principal meio de transporte no eixo Guarda-Castelo Branco, com ligações adequadas e garantidas tanto aos centros urbanos como às periferias regionais.
O PCP defende a redução do preço das tarifas e a criação de um passe social intermodal de forma a reduzir custos para os utentes, tornar mais acessível potenciando a utilização deste transporte beneficiado diretamente as famílias e as empresas.
Os horários devem adequados às necessidades de quem trabalha e estuda e devem garantir a ligação com outras redes regionais nacionais e internacionais.
As ligações ao litoral e ao estrangeiro devem ser adequadas às regionais. Seria muito interessante que se conseguisse estabelecer, ainda que sem carácter diário, a ligação a Salamanca, local para onde alguns dos nossos residentes se deslocam para trabalhar, estudar, passear e até para estabelecer relações comerciais.
É ainda fundamental, no sentido de responder à necessidade de composições modernas e cómodas, aumentar a capacidade nacional de produção de material circulante, tal como proposto no projecto do PCP para o Desenvolvimento do Aparelho Produtivo Nacional – Incorporação Nacional na produção de Material Circulante Ferroviário.
Governo dá sinais de entrave às reduções nas portagens!
PCP reafirma necessidade de corrigir injustiças, abolir portagens e reverter ruinosas Parcerias Público-Privadas.
No passado dia 13 de Abril, em audição na Assembleia da República, a Ministra da Coesão Territorial, admitindo que a norma do OE de 2021 de redução das portagens é legal e constitucional, invocou problemas nos limites do enquadramento orçamental, indiciando que se prepara para entravar as reduções nas portagens aprovadas. Questionada pela deputada do PCP, Paula Santos, a Ministra tentou descartar responsabilidade e passar o ónus, de supostos cortes para encaixar a norma, para a Assembleia da República.
A redução das portagens tem força de Lei da Assembleia da República que o governo do PS deve cumprir.
Para o PCP, o Governo devia estar concentrado na execução do Orçamento, no cumprimento e na concretização de todas as medidas de apoio económico e social que o Orçamento do Estado prevê para dar resposta aos problemas, que na região já eram graves e que foram agravados pelas consequências da epidemia.
O PCP reafirma a necessidade de corrigir as injustiças introduzidas com as portagens que limitam o desenvolvimento da região. A solução passa por abolir portagens e reverter as ruinosas Parcerias Público-Privadas. O PCP admite, no entanto, o faseamento da abolição, por isso viabilizou a proposta de redução das portagens no OE 2021.
O PCP sublinha que é absolutamente central que o Governo dê concretização às medidas que estão inscritas no Orçamento do Estado e às medidas de apoio social e económico que são necessárias para garantir que os problemas não se agudizem e para garantir que se criem condições para a retoma da actividade económica, da qual não podemos desligar a questão das portagens nas ex SCUT.
O Secretariado da DORCB do PCP