O PCP esteve presente no plenário/concentração realizado pelos trabalhadores dos centros de contacto (Intelcia, Knower, Reditus e Sibs) da cidade de Castelo Branco, no dia 21 de Maio. Expressou a sua solidariedade pelas corajosas lutas que estes trabalhadores tem desenvolvido nos últimos meses.
É justa a reivindicação destes trabalhadores por aumentos salariais e actualização do subsídio de alimentação.
Estes trabalhadores sofrem muitas presses com os altos ritmos de trabalho, sem direitos a pausas, com constante pressão patronal para o cumprimento de metas.
O aumento dos salários, o combate a precariedade é uma urgência para estes trabalhadores, precisamos de valorizar o trabalho e os trabalhadores e combater as políticas de direita que tem levado ao empobrecimento de quem trabalha.
O PCP irá continuar ao lado destes trabalhadores nesta sua justa e corajosa luta.
Declaração Pública do 1 candidato da CDU pelo círculo eleitoral de C. Branco.
Eleiçes Legislativas 2024
Biblioteca Municipal de Covilhã
Sras. e Srs. Jornalistas,
Camaradas, Amigos,
Uma forte saudação a todos.
Lançamos hoje a nossa candidatura num lugar onde há livros, onde há conhecimento, sem o qual não é possível avançar.
Mas tal como Marx afirmou, ler livros não nos faz melhores, saber interpretá-los sim. Saber interpretar para o melhor poder transformar, como também deixou claro.
Essa é a nossa principal responsabilidade, a nossa tarefa, é isso que procuramos fazer, todos os dias, em todas as batalhas que travamos.
É por isso que partimos para este combate com muita confiança. Confiantes, mas conscientes do elevado nível de exigência que iremos enfrentar, as organizaçes do PCP e do PEV e os seus militantes, e todos os que connosco se batem pelo projecto de transformação corporizado na CDU, pois são muitos os obstáculos e muitas as endrominaçes da ideologia dominante, como sabemos.
As eleiçes legislativas no prximo dia 10 de Março, e quem diria que menos de dois anos depois da obtenção pelo PS da maioria absoluta, que pediu aos portugueses para lhe garantirem as condiçes para cumprir o seu programa, aqui estariamos novamente, são uma oportunidade para abrir caminho para uma política que dê resposta aos problemas que afectam os trabalhadores, o povo e o País.
As dificuldades da vida que as pessoas sentem, com os preços de bens e serviços essenciais a aumentar, assim como da habitação, a par da acelerada degradação dos serviços públicos contrastam com os lucros colossais obtidos pelos grupos econmicos e multinacionais, na banca, no setor energético, na grande distribuição, nas telecomunicaçes, tudo à custa dos baixos salários e penses.
Os 3 milhes de portugueses que têm salário bruto inferior a 1000 euros, os 70% dos pensionistas recebem menos de 500 euros contrastam com os 25 milhes de euros de lucro por dia obtidos pelos principais grupos econmicos nos primeiros meses de 2023. Lucros obtidos com a conivência e a cumplicidade do Governo PS, com o apoio do PSD, CDS, IL e CH.
Hoje é mais claro porque é que o Governo PS ambicionava a maioria absoluta: não era para resolver os problemas, mas sim para favorecer os interesses dos grupos econmicos e das multinacionais, como a realidade comprova.
O Governo PS optou por atribuir borlas fiscais aos grupos econmicos, em vez de valorizar o poder de compra dos trabalhadores e dos reformados; optou pelas parcerias publico privadas e por privatizaçes, em vez de controlar e fixar os preços de bens e serviços essenciais; optou por transferir recursos públicos para os grupos privados, como os 8 mil milhes de euros do orçamento da saúde, ao invés de adoptar as medidas para salvar o SNS, reforçar a Escola Pública, garantir o direito à habitação.
O Governo PS dispunha de todas as condiçes para dar resposta aos problemas, não o fez porque não quis.
Para valorizar a sua governação, o PS tem a necessidade de evidenciar, não o período da maioria absoluta, mas o período aps as eleiçes de 2015. O que fez a diferença nesse período, que derrotou a política de desastre do PSD/CDS, onde estavam muitos dirigentes hoje da IL e do CH, não foi o PS, mas sim a força e o papel decisivo do PCP na defesa, reposição e conquista de direitos, como a gratuitidade dos manuais escolares, a redução do valor do passe social e integração dos diversos meios de transporte, o aumento extraordinário das penses ou a gratuitidade das creches. S não foi mais longe porque o PS não quis. Tal como em 2021, não quis encontrar soluçes para os problemas centrais, os salários e penses, a saúde e a habitação. Se nessa altura tivessem sido aprovadas as propostas do PCP, hoje a situação estaria diferente, para melhor.
A vida comprovou que não é no PS, nem no PSD, no CDS, na IL e no CH que os trabalhadores e o povo encontrarão resposta para os problemas. O carrossel PS, PSD/CDS nas últimas décadas, não s não é solução, como tem sido responsável pelo agravamento da situação.
A solução não passa pela mudança de protagonistas para que tudo fique na mesma ou pior.
É mesmo hora de mudar de política, para uma política alternativa, patritica e de esquerda.
A CDU é a força política que prope a política alternativa necessária, para o progresso e o desenvolvimento. Uma política que:
- Valorize os salários, as carreiras e as profisses e revogue as normas gravosas da legislação laboral;
- Valorize as penses e as reformas e assegure uma rede pública de lares;
- Promova os direitos das crianças e assegure uma rede pública de creches e a universalidade do abono de família;
- Defenda as funçes sociais do Estado e os serviços públicos e reforce o Serviço Nacional de Saúde, a Escola Pública e a protecção social;
- Promova a livre criação e fruiçes culturais, cumprindo o objetivo de 1% para a cultura;
- Assegure o direito à habitação, à mobilidade, alargando a oferta de transportes públicos;
- Garanta o acesso à justiça, e valorize os profissionais da proteção civil, das forças e serviços de segurança, das forças armadas e da justiça
- Valorize a produção nacional, recupere o controlo público de empresas e sectores estratégicos, apoie as MPME e promova a justiça fiscal;
- Fixe e redução os preços, sobretudo dos alimentos, da energia e das telecomunicaçes;
- Defenda o ambiente, proteja os ecossistemas e a biodiversidade, garanta o acesso à água como um direito e não como um negcio;
- Combata a corrupção, as privatizaçes, o favorecimento do capital e ponha fim à promiscuidade entre poder político e poder econmico;
- Afirme a soberania e independência nacional, por uma política externa de paz e cooperação entre os povos.
Camaradas, Amigos,
Vivemos num distrito cheio de potencialidades e riquezas, que continuam por colocar ao serviço das populaçes e do desenvolvimento regional, marcado pelo despovoamento, pelo envelhecimento demográfico, pela destruição da capacidade produtiva e pela destruição de postos de trabalho, pelo desinvestimento público, com compromissos assumidos e sucessivamente adiados, pelas dificuldades crescentes no acesso, por exemplo ao Serviço Nacional Saúde, afectado pela falta de profissionais, e de cuja degradação se alimenta o negcio da saúde que de mansinho ou com estardalhaço vai avançando com a cumplicidade, a generosidade e a acção facilitadora, como lhe chamam alguns autarcas que, pasme-se, se afirmam acérrimos defensores do SNS.
Municípios que competem para atrair profissionais para dar resposta aos utentes sem médico de família, que s no ACES da Cova da Beira rondam os 10 mil, enquanto se avança com a criação da ULS que não resolverão os problemas, pelo contrário, pois o que as experiências já implementadas têm demonstrado é que o hospital continua a ocupar o espaço primordial, hiperconcentrando serviços, e remetendo os hospitais periféricos e os Cuidados de Saúde Primários ao papel de parente pobre no que toca a serviços e meios humanos e financeiros.
Recentemente, quer na sequência das jornadas parlamentares do PCP da Serra da Estrela, quer no âmbito da discussão do Orçamento do Estado para 2024, o PCP apresentou propostas concretas para resolver vários problemas do distrito e para melhorar a produção local e valorizar as condiçes de vida e de trabalho, como por exemplo: - Modernização do regadio da Cova da beira e concretização do regadio sul da Gardunha; valorização da lã nacional; Eliminação de portagens nas ex-scut, cuja luta saudamos e irá continuar; Redução do passe social para 20 euros, a sua gratuitidade para as pessoas com mais de 65 anos e para todos os jovens até aos 23 anos e fixação de preço máximo nos 20 euros nos passes metropolitanos ou regionais e a criação de um passe nacional inter-regional no valor de 40 euros, e reforço das verbas afectas ao PART e ProTranspor; Construção do IC 6, do IC 31, entretanto atirados para as calendas; Requalificação do IC8; reforço dos meios do ICNF, da Protecção Civil; Reforço das Telecomunicaçes.
Propostas rejeitadas pelo PS e pela direita, que se vai revezando, conforme as conveniências.
Mas não tarda, aí estarão os mesmos do costume, com os mesmos anúncios e promessas, procurando por o conta quilmetros a zero e voltar a prometer o que já prometeram diversas vezes e não concretizaram, dizendo que agora é que vai ser.
Camaradas, Amigos,
Do PS, ou do PSD, do CDS, da IL e do CH, já se sabe que não são solução.
Devolvida a palavra ao povo, está na altura de confiar o voto à CDU, à única força capaz de transformar a esperança em luta e a luta em resultados concretos para os problemas das pessoas, lembrando sempre, que é a composição da Assembleia da República que determina a política que será prosseguida e a solução política para o Governo.
O que está em causa nestas eleiçes é o confronto entre uma política orientada para garantir lucros do capital e uma política alternativa que assuma o aumento dos salários e os direitos dos trabalhadores como condição de desenvolvimento, que defenda as crianças e os jovens e garanta o direito a envelhecer com dignidade. Uma política que em vez de subordinação às imposiçes de Bruxelas, reforce os serviços públicos e o investimento na saúde, na educação, na cultura, no desporto, e que em vez de garantir os interesses da grande propriedade, da banca e da especulação, assegure o direito à habitaçãopara todos. Uma política que em vez de insistir nas privatizaçes das empresas e sectores estratégicos assegure o seu regresso ao seu controlo público, e que em vez da mercantilização do ambiente e dos bens públicos, garanta o seu usufruto como direito de cidadania. Uma política que em vez de insistir na fragilização do Poder Local Democrático, através da transferência de responsabilidade e encargos para autarquias, nas áreas da saúde, da educação, da habitação, da acção social, promova um verdadeiro poder regional e o reforço financeiro dos municípios.
É para tudo isto e muito mais que são necessários mais deputados do PCP e do PEV, para a concretização de uma política de esquerda, para dar combate à política de direita e às forças reacionárias.
Não haja qualquer ilusão com o PS. Não é o PS que combate a política de direita, nem as forças reacionárias, pelo contrário. É o prprio PS que as alimenta com a sua prpria política.
O que é necessário, é o reforço da CDU, com mais votos e mais deputados, por que sempre que isso acontece, quando PCP e a CDU têm mais força, a vida das pessoas anda para a frente.
Os que aqui estamos, sabemos bem que assim é, pelo que o desafio que se coloca a todos, camaradas e amigos, é a mobilização de forças e vontades, de confiança e determinação na luta por uma política alternativa, por um rumo de progresso e de desenvolvimento para o país e para o nosso distrito.
O que se impe a cada activista da CDU são as tarefas de informar e esclarecer, mobilizar os camaradas, os amigos, os vizinhos, os colegas de trabalho, de aproveitar todas as oportunidades de conversa para a importância do voto na CDU.
É necessário ir ao contacto, nas ruas, nos locais de trabalho, à porta das empresas e dos centros de transportes, nas feiras e mercados e outros locais onde se juntam pessoas ou onde encontraremos sozinhas as que necessitam de conhecer as nossas propostas, que estão desinformadas, descrentes e desorientadas.
É hora de mudar de política! É a oportunidade para dar mais força à CDU!
Como disse Odete Santos, que partiu o ano passado, citando José Gomes Ferreira, “temos saudades do futuro”, e Manuel Gusmão, que também nos deixou, “ns somos a esperança que não fica à espera!”
Sim, foi desta esperança que se fez a Revolução de Abril, que este ano celebra 50 anos, e é também por isso que aqui estamos: para nos batermos por eleger uma AR digna da Revolução.
O PCP esteve presente na greve realizada pelos trabalhadores do centro de contacto da Segurança Social em Castelo Branco no passado dia 13 de Novembro. Expressou a sua solidariedade pela corajosa greve que estes trabalhadores realizaram debaixo de uma grande ofensiva e ameaças patronais.
É justa a reivindicação destes trabalhadores por aumentos salariais e a sua actualização para 910 euros já em Janeiro de 2024 e a actualização do subsídio de alimentação para 7 euros por dia.
Estes trabalhadores sofrem muitas pressões com os altos ritmos de trabalho, sem terem direito a pausas. É justa e necessária a implementação de 10 minutos de pausa por cada hora trabalho.
Estes trabalhadores que prestam um serviço à Segurança Social deviam ter o seu vinculo de trabalho directamente a esta e não a prestadora de serviços Reditus.
O governo deveria ser o primeiro a dar o exemplo de combate a precariedade e melhoria das condições de via dos seus trabalhadores e não promover a precariedade e a incerteza na vida destes trabalhadores com o recurso a prestadores de serviços que só pensam no lucro em detrimento das condições de vida dos trabalhadores.
O PCP irá continuar ao lado destes trabalhadores nesta sua justa e corajosa luta
De 11 a 13 de Outubro decorreram as jornadas dos deputados do Parlamento Europeu no distrito de Castelo Branco. As jornadas privilegiaram o contacto directo com trabalhadores e populações e a presença em espaços públicos, procurando dar visibilidade a problemas e lutas dos trabalhadores e das populações.
Num distrito marcado por uma interioridade forçada, agravada pela crescente escassez de respostas locais dos serviços públicos, de saúde, educação, transportes, os deputados do PCP contactaram com milhares de trabalhadores de dezenas de empresas do distrito e confirmaram que a generalização dos baixos salários empurra muitos trabalhadores a complementar os seus rendimentos com outros trabalhos, entre outros, nos sectores da agricultura ou do turismo. Nos contactos com os trabalhadores. ficou clara a necessidade de aumentar os salários e as pensões, de controlar os preços dos bens essenciais, de proteger o direito à habitação, assim como combater a precariedade e a desregulação laboral.
Os deputados contactaram com profissionais e utentes da saúde em Castelo Branco, Covilhã, Fundão, Idanha-a-Nova e Vila de Rei confirmando a necessidade de valorizar as carreiras e salários dos seus profissionais e investir no SNS para continuar a responder às necessidades das populações.
Na Sessão Pública "Transportes públicos e mobilidade", defenderam a gestão pública como forma de combater as privatizações e liberalizações impostas pela UE, a necessidade de prosseguir a redução do preço dos passes sociais e alargamento desta realidade a todo o território nacional, assim como a expançãoda rede.
Na Sessão Pública no Casal da Serra, Tortosendo, João Pimenta Lopes ouviu a população quanto aos problemas com que se defrontam e afirmou que é preciso mobilizar dinheiro para resolver os seus problemas.
Na Sessão Pública, na Avenida 1º de Maio, em Castelo Branco, assinalou-se a urgência de medidas como o aumento geral de salários em 15% e um mínimo de 150€, assim como o aumento do SMN para 910€, a fixação de preços de bens e serviço essenciais e a urgência de mobilizar os lucros da banca para pagar o aumento das taxas de juro.
Na Zona do Pinhal as delegações do PCP denunciaram os problemas decorrentes das privatizações e liberalização no sector das telecomunicações que isolaram populações de vastas áreas sem acesso a rede de telemóvel, a Internet e a televisão, potenciando desigualdades e insegurança, assim como o favorecimento do negócio das Parcerias Público privado rodoviárias, que impõe portagens injustas e limitadoras do desenvolvimento regional.
Acompanhada por elementos da JCP, Sandra Pereira, contactou com estudantes e trabalhadores da UBI, onde ficou claro que é decisivo que as bolsas de estudo correspondam às verdadeiras necessidades dos estudantes, que são urgentes soluções de alojamento, assim como é preciso revogar as propinas e Investir em residências universitárias para cumprir o direito à educação.
Nas visitas a unidades de Bombeiros do distrito o PCP reafirmou que a profissionalização dos Bombeiros não pode continuar a significar precariedade, ausência de direitos e baixos salários., sendo que o voluntariado deve ser incentivado, reconhecido e apoiado.
As visitas também demonstraram que Castelo Branco é um distrito com imensas potencialidades de desenvolvimento que poderia contrariar estas condições que estão longe de ser inevitáveis. Desde logo, promovendo a produção nacional, valorizando a pequena agricultura e os rendimentos dos produtores; apostando na transformação das matérias primas exploradas na região, contribuindo para o seu desenvolvimento; revertendo políticas de desmantelamento dos serviços públicos, reforçando-os.
Sob o lema, “contigo todos os dias! A tua voz no parlamento europeu!” os deputados do PCP divulgaram também toda a actividade por eles desenvolvida no distrito de Castelo Branco e todas as iniciativas que tomaram no Parlamento Europeu acerca do distrito.