A Comissão Concelhia da Covilhã do PCP, reunida em 26 de Maio de 2023, entre outros assuntos, analisou a proliferação de anúncios da construção de hospitais privados na Covilhã e considerou que, a concretizarem-se, a par das clinicas já existentes, estamos perante um ataque feroz ao serviço nacional de saúde, resultante da falta de investimento do governo na resolução dos seus problemas.
Hoje, cerca de 40% do Orçamento do SNS vai direitinho para os cofres dos grupos privados de saúde.
É cada vez mais evidente que à medida que aumenta a entrega de dinheiro público aos grupos privados da saúde, aumenta a destruição do SNS. É com este dinheiro que financiam a construção de novas unidades de saúde privadas e, simultaneamente, desfalcam o SNS de milhares de profissionais, sobretudo médicos e enfermeiros.
Para o crescente peso da oferta privada na saúde terão sido até agora determinantes:
1 - A mobilidade dos profissionais de saúde entre o sector público e privado;
2 - O incentivo ao desenvolvimento de serviços privados e a contratualização do sector privado pelo sector público;
3 - O sistema de deduções fiscais para gastos em saúde.
O privado financia-se no público.
A falta de investimento no SNS é benefício para o privado e custos para a população.
Estamos perante uma investida contra o Serviço Nacional de Saúde com o estímulo e promoção da Câmara Municipal da Covilhã, gerida pelo PS.
É inaceitável.
A Câmara Municipal da Covilhã, gerida pelo PS, enquanto estrutura pública de nível local, em vez de defender o SNS, promover e reivindicar da Administração Central melhor serviço publico para toda a população do Concelho na área da saúde, e concretizar as instalações para a Unidade de Saúde Familiar, assume-se como entidade promotora, facilitadora e apoiante do serviço privado no negócio da doença.
É hoje uma aliada dos grupos de saúde privados, de associações patronais que vendem edifícios construídos com financiamentos para a formação profissional (CITEV) e de agentes imobiliários, quando cede terrenos (25.000 m2 – valor de mercado de 6 milhões de Euros, no local referenciado) para a especulação imobiliária da Forumlar, empresa de conhecidos empresários locais, com 50 mil euros no seu capital social.
Com a imobiliária Forumlar andaram dois anos a preparar a operação financeira (a negociata) que agora anunciam e onde o município cede, sem qualquer contrapartida financeira, terrenos no valor estimado em 6 milhões de Euros.
Não deve a autarquia participar na especulação imobiliária, com cedência de terrenos de valor estimado de 6 milhões de Euros, para a construção de imóveis que ficam propriedade de uma imobiliária, que tem como fim o arrendamento a terceiros que desenvolvem atividades privadas.
Não deve a autarquia gerida pelo PS ceder terrenos necessários à conclusão do plano do complexo desportivo municipal, com a construção da piscina coberta e pavilhão multiusos nele previstos e necessários à Covilhã, de acordo com o plano estratégico de desenvolvimento desportivo aprovado.
No ano de 2023, de Janeiro a Maio, já foram anunciados dois primeiros hospitais privados na Covilhã de diferentes promotores, o Fundo C2 MedCapital e a CUF.
Com um intervalo de cinco meses são anunciados dois primeiros hospitais privados na Covilhã e na Região.
O apetite pelo negócio da doença é muito grande. Anuncia-se o primeiro hospital privado da Covilhã e o primeiro hospital privado da Região, também na Covilhã. Não um, mas dois.
Dois promotores e locais diferentes, na concorrência dos mesmos clientes portadores de seguros de saúde e ou de rendimentos elevados, a somar à clínica do grupo Luz já existente e em funcionamento.
Confirma-se a tese que perante a ausência de serviço público eficaz e eficiente proliferam as iniciativas dos privados.
Se é verdade que não está vedado a particulares o negócio à volta da doença é no mínimo questionável se esta corrida à oferta de serviços de saúde privados corresponde e confirma um decréscimo da capacidade de resposta e de qualidade do CHCB – Hospital da Covilhã ou da Unidade de Saúde Familiar ou dos serviços englobados na ACES da Cova da Beira, o que é preocupante e lamentável.
O apetite dos negociantes da doença é grande, face à promiscuidade instalada, da existência de profissionais de saúde, alunos para estágio, da Faculdade de Medicina e CHCB, eventualmente disponíveis, para prestar serviço nestes hospitais.
Também aqui querem tirar dividendos da formação pública de médicos e a sua integração no negócio da doença.
Em qualquer caso não é aceitável o envolvimento de uma autarquia local na promoção e facilitação do negócio privado da doença e na especulação imobiliária.
Se os privados querem investir, invistam com o dinheiro deles.
A Comissão Concelhia da Covilhã do PCP alerta para o facto de a Câmara Municipal da Covilhã, num passado recente, pela mão do PSD, ter cedido terreno de centenas de milhares de euros a uma sociedade para a construção do Colégio Internacional da Covilhã, que hoje já não existe, servindo as instalações, neste momento, para o negócio/renda da SPGS a promotores de ensino com financiamento público (Conservatório e EPABI). Um negócio que não serviu a educação pública mas facilita o aproveitamento do financiamento público para privados.
A Comissão Concelhia da Covilhã do PCP reafirma que não compete à autarquia promover e facilitar o negócio da doença, em prejuízo do Serviço Nacional de Saúde que serve toda a população, que promove a prevenção da doença, a promoção da saúde e a articulação entre os serviços que prestam cuidados de saúde.
Compete à autarquia defender e assegurar o serviço público de saúde, de qualidade, e ao serviço de toda a população, defender a valorização dos profissionais de saúde e não a promoção de empresas imobiliárias para a instalação do negócio da doença.
A Comissão Concelhia do PCP da Covilhã
JORNADAS PARLAMENTARES DO PCP
19 e 20 de Junho de 2023
Serra da Estrela
O Grupo Parlamentar do PCP realiza as suas Jornadas Parlamentares nos próximos dias 19 e 20 de junho de 2023, na zona da Serra da Estrela, estabelecendo a sua base de trabalho na Covilhã.
A Sessão de Abertura das Jornadas terá lugar no Hotel Covilhã Dona Maria (Alameda Pêro da Covilhã, 6200-507 Covilhã) pelas 11h00 do dia 19 de junho, com a presença do Secretário-Geral do PCP, Paulo Raimundo.
A Sessão de Encerramento com a apresentação das conclusões das Jornadas Parlamentares será no mesmo local, no dia 20 de junho, pelas 16h00.
Posteriormente será divulgado o respetivo Programa, na sua totalidade.
A DORCB do PCP na sua última reunião analisou a situação do distrito e do país e decidiu:
1. Saudar todos os trabalhadores que construíram a grande jornada de luta do 1º de Maio no país e no distrito. Milhares de trabalhadores responderam à convocatória da CGTP-IN em mais de 32 locais do país, e o distrito não foi excepção. As acções em Castelo Branco, Covilhã e no Tortosendo foram expressão da convergência da luta de todos os trabalhadores e das massas populares. A DORCB do PCP saúda a luta dos trabalhadores por mais salário, mais direitos e melhores pensões. Apela à continuação da luta contra o aumento do custo de vida e pelo combate à exploração, a partir da acção reivindicativa nas empresas, locais de trabalho e sectores. A luta é fundamental para permitir o alargamento da consciência da necessidade de mudança de política que se impõe, a partir das soluções que o País precisa e alicerçadas na política alternativa patriótica e de esquerda.
2. Saudar a participação nas comemorações populares do 25 de Abril que, pela dimensão e abrangência, afirmam a vitalidade dos valores de Abril, combatem o branqueamento do fascismo, as manipulações sobre o processo revolucionário, as tentativas de apagamento da sua natureza, alcance e características única.
3. Valorizar as iniciativas comemorativas do 102º aniversário do PCP realizadas no distrito, em Castelo Branco, Covilhã, Fundão, Idanha-a-Nova, Sertã e Tortosendo, com a participação de mais de duas centenas de militantes e amigos do Partido,
4. Continuar a desenvolver da acção nacional “Mais força aos trabalhadores”. Acção que no distrito já teve expressão junto dos trabalhadores de dezenas de empresas de que se destacam: Minas da Panasqueira, aquando da visita do Secretário Geral do PCP; APTIV, com presença de uma delegação do PCP na greve por melhores salários; Navigator, com denúncia do contraste entre os lucros e apoios de milhões à empresa e o aumento dos salários aos trabalhadores; FRULAC, apresentando propostas do PCP sobre o trabalho por turnos e nocturno, ou nas recentes concentrações de professores na Covilhã e em Castelo Branco, manifestando, mais uma vez, solidariedade com a sua luta para recuperar o tempo de serviço, valorizar a profissão docente e a escola pública.
5. Aprofundar o desenvolvimento da acção «Viver melhor na nossa terra» projectando no plano público as aspirações e problemas sentidos nas localidades, destacando no distrito: a campanha pelo acesso às redes móveis de internet e TDT na Zona do Pinhal; a acção pela reposição de acesso ao rio em Malpica do Tejo; as acções em torno do direito à habitação em Castelo Branco e no Fundão; a acção em defesa do transporte público na Covilhã, a acção sobre energias renováveis e o seu equilíbrio com o território no Fundão e Castelo Branco e pela concretização do IC6 na região.
6. Continuar a desenvolver iniciativa em torno do combate ao aumento do custo de vida, da luta pelo aumento geral dos salários e das pensões, pelo direito à habitação, valorizando a expressão que a esta luta tem tido no país e no distrito.
7. Apelar à participação na “Embaixada da Beira Interior” promovida pela “Plataforma Pela Reposição das SCUT na A23 e A25” no próximo dia 20 de Maio em Lisboa.
8. Apelar à participação de delegações de utentes e profissionais da saúde na “Marcha pelo direito à saúde” que se realizará também no sábado dia 20 de Maio em Lisboa, Porto e Coimbra.
9. Realizar uma acção em torno da Serra da Estrela no próximo mês de Junho.
Maio de 2023, A DORCB do PCP
A Comissão Concelhia de Castelo Branco do PCP vai promover a Sessão Pública "Assegurar o direito à habitação para todos". A iniciativa decorrerá no dia 31 de Março, sexta, pelas 18 horas, na Casa do Arco do Bispo em Castelo Branco e contará com a intervenção de Pedro Ventura, Vereador da CDU na Câmara Municipal de Sintra e do Grupo de Trabalho do PCP para as questões da habitação