A CDU realizou uma participada sessão no auditrio da biblioteca municipal de Castelo Branco. Na iniciativa intervieram todos os candidatos da CDU pelo Círculo de Castelo Branco que, partindo de uma análise da realidade, avançaram com propostas e linhas de trabalho para o desenvolvimento do distrito. Gonçalo Fusco, abordou as questes da protecção civil e do ordenamento florestal. Graça Piçarra a luta pela defesa dos serviços públicos. José Nave as questes da juventude. Margarida Pacheco falou sobre cultura e os seus trabalhadores. Ema Gomes sobre ambiente e a actividade do PEV no distrito. Casimiro Santos sobre os valores de Abril no futuro do distrito e do país e Ana Leitão sobre educação.
O encontro foi encerrado por Jorge Fael que abordou a necessidade e utilidade da eleição de um deputado da CDU pelo distrito, como garantia de levar a voz dos que menos têm e podem à Assembleia da República. O voto útil dos trabalhadores, dos reformados, dos jovens, dos MPME, dos ambientalistas, dos utentes dos serviços públicos é na CDU.
Lê aqui as intervençes:
Intervenção de Gonçalo Fusco sobre Protecção Cilvil:
Enquanto nas televises procuram traçar o resultado das eleiçes legislativas para que fique tudo na mesma, por todo o país, e em particular no distrito de Castelo Branco, aprofundam-se as dificuldades e injustiças na vida da juventude que sabe e diz: é preciso mudar de política.
Nas escolas secundárias, somos confrontados com a degradação das infraestruturas, como é o caso da Escola Secundária Amato Lusitano, aqui em Castelo Branco. Numa outra escola, a Secundária da Quinta das Palmeiras, na Covilhã, os estudantes passam frio. Por todo o lado, há falta de professores, psiclogos ou funcionários. E ao mesmo tempo que se apregoa a falta de interesse dos jovens pela política, limita-se a democracia e são cada vez mais os bloqueios à participação e organização dos jovens. As Associaçes de Estudantes são mercantilizadas, perdem autonomia, são desvalorizadas ou mesmo impedidas, como é o caso da Escola Básica Afonso Paiva, onde os estudantes, tendo vontade de criar a sua Associação, não o podem fazer por serem “demasiado novos” ou na ETEPA, por ser uma escola profissional. Na Escola Secundária Frei Heitor Pinto, a direcção da escola proibiu as listas para a Associação de Estudantes de incluir músicos e artistas na sua campanha.
Os Exames Nacionais mantém-se como um entrave de acesso ao Ensino Superior e aprofundam o fosso entre os que estudam em escolas com condiçes, têm dinheiro e tempo para aprender, para explicaçes ou para ir a museus, dos que não têm. Falta comida nos bares e cantinas. Na Escola Secundária Campos Melo, apesar das obras terem sido recentemente prometidas, fruto da luta e acção dos estudantes e da comunidade escolar, foi anunciada a privatização da cantina.
Na Universidade da Beira Interior e no Instituto Politécnico de Castelo Branco, a propina continua a ser uma barreira para muitos estudantes e junta-se aos restantes custos, como alimentação, alojamento e materiais. Foi prometido por este governo a devolução do valor da propina a todos os estudantes que completarem os estudos. Um ano de propina por cada ano a trabalhar em Portugal. Com isto, s provaram, mais uma vez, que afinal há dinheiro, e que a propina não é necessária, apenas uma ferramenta de elitização do ensino.
Na UBI as 808 camas em residências públicas não chegam para os 9000 estudantes, não perfazendo nem 10% da massa estudantil da UBI da qual a grande maioria é deslocada. Assim as famílias vêm se confrontadas com o drama de encontrar casas no mercado do arrendamento deixando milhares de famílias e estudantes reféns dos preços que lá se praticam.
Acresce a isto a falta de transportes públicos onde, paralelamente ao aumento dos preços os horários são extremamente limitados. São precisos transportes públicos que permitam um real direito à mobilidade, o direito dos jovens a aceder à educação, à cultura, ao desporto e ao lazer. É preciso investir na ferrovia e criar um passe regional, como a CDU defende que abranja todas as modalidades - comboio e autocarro e gratuito para a juventude.
Aos jovens falta tempo para viver, espaços para o desporto e a cultura. Enquanto se fala em instabilidade política, os jovens trabalhadores sentem a instabilidade, os baixos salários e a precariedade todos os dias. Muitos trabalham sem contrato, outros trabalham horas extras mal ou não pagas, e outros tantos vêem os seus direitos laborais e liberdades sindicais atacados com regularidade.
Conhecemos estes problemas, não apenas das televises e das redes sociais, mas porque estamos ao lado da juventude todos os dias, esclarecendo, unindo e mobilizando. Não ficamos parados e, fazendo face a todas as dificuldades, não deixamos de ver as enormes potencialidades da luta da juventude, tomamos a iniciativa e vamos ao contacto, para saber mais, descobrir mais jovens dispostos a lutar contra a injustiça e por uma vida melhor.
Sabemos que ainda temos muito para caminhar. Mas uma coisa é certa: por mais difícil que seja o caminho, enquanto houver jovens que não se resignam, que não aceitam a injustiça e que se recusam a desistir dos seus sonhos, que assumem tarefas e têm a coragem de tomar Partido. Enquanto houver aqueles que se levantam e unem em defesa do seu país e da sua terra, pelo direito a sermos livres e felizes, há futuro.
Amigos e camaradas, posso-vos dizer que desde o 1 ao 12 ano fiz muitos amigos e conheci muitos jovens. De todos eles apenas uma pequena minoria se encontra no distrito. Tenho muitos amigos que acabaram o secundário e começaram logo a trabalhar e que entretanto foram para as grandes cidades do litoral ou mesmo para o estrangeiro como Estados Unidos da América ou Suiça, para fugir aos baixos salários e procurar uma vida melhor. Tenho outros que foram estudar para as grandes cidades e que não mais voltaram, ou que tendo estudado na UBI também foram para as grandes cidades, pois por lá se arranja emprego qualificado na sua área de estudos, emprego qualificado esse que no interior e no distrito de Castelo Branco escasseia. E posso também dizer-vos com segurança que todos os jovens que conheço já pensaram por diversas vezes na emigração, para irem receber salários que os valorizem e valorizem o trabalho por eles realizados. Posso aliás dizer-vos que soube ainda esta semana que uma amiga minha vai para a Dinamarca trabalhar. Por estes motivos temos de ir ao contacto e ao esclarecimento, e sempre que conversarmos com um jovem, perguntemos-lhe pelos amigos que foram embora e mostramos-lhe que a realidade não precisa de ser assim e que se o salário mínimo aumentasse como defende a CDU, talvez os jovens pudessem levar uma vida mais digna e não se sentissem empurrados a abandonar o distrito e país .
Sempre que conversarmos com um trabalhador perguntemos-lhe pelos filhos e sobrinhos que foram embora e mostremos-lhe que a realidade não precisa de ser assim e que se desenvolvêssemos o aparelho produtivo como a CDU defende talvez os jovens encontrassem trabalho qualificado e que pagasse ordenados dignos no distrito e país.
E quando contactarmos com idosos perguntemos pelos netos e por onde andam e mostramos-lhe que a realidade não precisa de ser assim e que se houvesse um combate sério à precaridade, e a garantia de que a cada posto de trabalho permanente corresponde um contrato de trabalho efectivo como a CDU defende talvez as famílias pudessem continuar juntas e ver-se com mais frequência do que uma ou duas vezes por ano nas festas.
Amigos e camaradas, cabe-nos a ns voltar a dar esperança ao distrito e mostrar que as coisas não têm de ser assim. Porque pelo que sei, nenhum tribunal condenou a nossa juventude a deixar o distrito. Porque da última vez que confirmei, numa democracia a realidade é construída pelo povo, mas para isso é preciso esclarecer e apresentar a alternativa que urge ser implementada para revertermos a situação calamitosa em que se encontra o distrito e o país e voltarmos ao trilho de onde nunca devíamos ter saído, para voltarmos ao trilho de Abril.
Quero saudar a iniciativa, saudar todos os presentes Desenvolver os serviços públicos é uma condição indispensável para o desenvolvimento e para a fixação da população. É uma questão de progresso e desenvolvimento do nosso distrito , e o direito a uma vida digna para as populaçes, muito envelhecidas com dificuldades de mobilidade muitas vezes de compreensão que vê os seus direitos serem vedados com desculpas de reformas e modernidades.
Os serviços públicos têm vindo a ser desmantelados pelas sucessivas políticas de direita levadas a cabo pelos governos PSD/CDS, PS e apoiadas pelos actuais partidos IL e CH. As diretivas veem de Bruxelas e são cumpridas á risca com o desvio de recursos meios e serviços para os privados , para os grandes grupos econmicos continuando a desvalorização e redução dos trabalhadores e das suas carreiras. Nesta senda de falta de investimento aumentam e muito as dificuldades de resposta. Não é de hoje a luta que travamos pela dignificação e reforço dos serviços públicos no distrito de Castelo Branco. Para que sejam capazes de responder ás necessidades das populaçes e assegurar a todos e a cada um que aqui vive o acesso á saúde á educação aos transportes ao Estado.
Os serviços públicos no distrito de Castelo Branco, as finanças os correios, os tribunais, os notários, os serviços de saúde, os transportes, a água, o saneamento , todos carecem de operacionalidade e funcionários com carreiras valorizadas. Os serviços de finanças desde a pandemia funcionam na maioria do distrito a meio gás, com divises nas repartiçes que muitas vezes não se entendem. Durante a parte da manhã em algumas repartiçes s funciona a tesouraria e noutras ainda para certos assuntos s se disponibiliza o atendimento marcado por email. Di ficultando e muito o acesso dos cidadãos. É notria a falta de funcionários e o cansaço dos que ainda resistem. O estado não pode ser uma entidade abstrata que se escuda através de um atendimento on line ao qual a maioria da população não tem acesso. Acresce se o risco do acesso á justiça com a falta de julgados de paz, o fecho de notários , numa tentativa de concentrar todos os serviços na capital de distrito, num territrio tao grande e com uma grave falta de transportes. Os correios serviço postal privatizado continuam a degradar se desde o início do processo de privatização dos CTT . É incessante o aumento das queixas e das reclamaçes mais uma vez faltam funcionários fecham se dependências que não dao lucro. Os CTT estão transformados num banco , e não no serviço postal que precisamos. É urgente que regressem à esfera pública. E daqui saudamos a recente luta da população de Caria pela manutenção do seu posto de correios
No SNS é urgente continuar a luta para que possa responder às necessidades das populaçes valorizar as carreiras e salários dos seus profissionais Os ataques no sector da saúde com o financiamento dos privados, como facilmente podemos comprovar nos concelhos de Idanha-a-Nova, Penamacor e Covilhã . o ntinuando as populaçes de muitas aldeias sem acesso a cuidados de saúde de proximidade a partir da meia noite até as oito da manh ã do dia seguinte resultado das resultado das políticaspolíticas de desmantelamentode desmantelamento e descredibilização e descredibilização do SNS. Mesmo com uma urgência simples, ao ligar para a urgência simples, ao ligar para a SNS 24, somos reencaminhados para os hospitais distritais, não tendo a linha de saúde conhecimento da existência de alguns centros de saúde em funcionamento, sem possibilidade de para aí o utente ser encaminhado, na maior parte dos casos sendo obrigado a percorrer quilmetros quando poderia ser atendido a poucos metros da sua residência. Os postos de saúde da maioria das aldeias estão desativados por falta de funcionáriospor falta de funcionários ou ou continuando a depender dos funcionários das juntas de freguesia, para que se mantenha algum funcionamento. Faltam médicos de família, , faltam também enfermeiros, faltam funcionários administrativos, falta o normal funcionamento dos cuidados de saúde a que temos direito.
A necessidade dos serviços públicos interliga-se, pois para quem não dispe dispe de transporte prprio e viva numa aldeia, terá muita dificuldade de acesso a serviços de saúde (dificuldade que se torna em impossibilidade durante a noite). Os horários são insuficientes, as paragens insuficientes e em muitas aldeias do distrito é necessário telefonar para que o transporte se realize. Em certas paragens, na tentativa de serem abolidas, assim se condicionou o acesso. O preço dos passes é incomportável para o péssimo serviço que realiza. Nota-se uma enorme diminuição de todos os que utilizavam o transporte publico para a deslocação diária para o trabalho, a nível de fruição cultural e passeio é claramente insuficiente, num serviço que se quer para todos e para que todos se possam deslocar e usufruir também no seu concelho, de um transporte coletivo e de qualidade.
Acresce-se a luta pela abolição das portagens que condiciona o distrito de forma punitiva e a de forma punitiva e a luta pela reposição das freguesias extintas, que deixou tantas aldeias ao abandono.
A defesa dos serviços públicos no distrito de castelo branco, tem sido uma marca de água da intervenção da CDU ao longo dos anos. Não chegámos agora á identificação dos problemas, nem à luta pela sua resolução. S com o voto na CDU, podemos chegar á concretização das medidas necessárias para o desenvolvimento da nossa região. VIVA a CDU
Camaradas e amigos, Mais uma vez, cá estamos. Cá está a força da CDU representada por uma lista de homens e mulheres absolutamente convictos da sua causa e do seu projeto verdadeiramente de esquerda, com coragem para enfrentar tempos especialmente negros e difíceis. Prontos, como sempre, a defender os valores de Abril, que têm sido fortemente atacados. Ainda mais agora pela extremadireita, branqueada vergonhosamente pelos media e pela comunicação social. Mas não é isso nem os cenários que nos querem impor que nos atrapalha, tal como nunca nos atrapalhou. Ns, no PCP e na CDU, sabemos que uma das frentes de ataque à Democracia tem sido por via da constante desvalorização da Cultura, um direito constitucional que Abril também nos trouxe. Os sucessivos governos PS e PSD/CDS, com as suas políticas de direita, têm vindo sempre a pôr de lado uma das bandeiras da luta da CDU, a visa 1% do Orçamento de Estado para o setor cultural, que consideramos imprescindível para garantir o acesso pleno das populaçes à Cultura e para combater a realidade da precariedade crescente deste setor. Não vai lá com os míseros 0,25% do OE que o PS tanto se pavoneou depois de muito se orgulhar do crescimento ridículo de 0,05% face ao anterior OE. Alunos, professores, técnicos e artistas vêm então, hoje em dia, um país incapaz de dar resposta aos seus problemas e reivindicaçes. E não é exceção no nosso distrito. Castelo Branco, com as suas escolas de música, uma delas do ensino superior, os seus teatros e companhias de teatro, o curso de cinema da UBI, os museus que espelham a nossa histria e patrimnio cultural (patrimnio que inclui os Bombos de Lavacolhos, ranchos folclricos e bandas filarmnicas), reúne todas as condiçes para se tornar num distrito que possa marcar fortemente a sua presença no panorama cultural nacional. Para isso, é importante dar voz e a valor a quem faz parte desta grande comunidade, incluindo o seu público. Abrimos assim um novo caminho no combate à crescente desertificação do inteiro. A Cultura também é, e deve ser, uma razão para as pessoas, principalmente os jovens, se fixarem na nossa região, tanto através da fruição cultural como através do acesso às manifestaçes culturais. Desta maneira, criamos também condiçes para os jovens artistas profissionais da região poderem ter como possibilidade uma vida digna e plena sem terem que abandonar o distrito O PCP e a CDU efetivamente têm respostas para todas estas questes. Enfatizo, naturalmente, a nossa proposta do aumento dos Salários e das Penses, a forma central de combate à precariedade de qualquer setor e o que possibilita a valorização do papel do Lazer e Cultura na vida das populaçes, sem que haja o sufoco diário de ter dinheiro para comer e para pagar as contas, principalmente numa das regies mais pobres do país. Para além disso, existem outras questes fulcrais que representam grandes lacunas no nosso distrito, como é o caso dos Transportes Públicos. Sem uma rede de transportes acessível, organizada, abrangente e com condiçes, existirá sempre um condicionamento às populaçes que impede a deslocação das pessoas dentro do distrito, de concelho a concelho ou de freguesia a freguesia, para assistirem a um espetáculo ou visitarem um museu ou exposição. É também essencial a criação de uma agenda cultural coesa e diversificada, sem espetáculos sobrepostos, como acontece recorrentemente, e com uma grande variedade de formas de expressão das várias vertentes artísticas. No Fundão, especificamente, falta-nos um espaço com condiçes ara apresentar o trabalho dos artistas e para acolher o público. As obras do Cine-Teatro Gardunha, um projeto que nos cria expectativas há muitos anos mas que, sem surpresa, foi e é secundarizado. Perante a situação precária da Cultura, que é a minha profissão e para a qual vivo todos os dias, orgulho-me de fazer parte de um coletivo que efetivamente valoriza a arte, o seu público e os seus trabalhadores. Não a secundarizamos na proteção da saúde democrática, porque sabemos que a Arte e a Cultura são necessárias para podermos cumprir Abril por inteiro, quebrando estigmas, aguçando o sentido crítico, tendo liberdade de criar e expressar.
Dar força à CDU é dar força à Cultura. Defendê-la também é defender a Democracia e a Liberdade. Lutemos sempre pela Arte. Viva a Cultura! Viva a CDU!
Companheiros e Amigos, A Constituição da República Portuguesa consagra no seu sexagésimo sexto artigo que (e cito) “todos têm direito a um ambiente de vida humano, sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender”. No ponto 2 deste mesmo artigo indica que “para assegurar o direito ao ambiente, no quadro de um desenvolvimento sustentável, incumbe ao Estado, por meio de organismos prprios e com o envolvimento e a participação dos cidadãos”. Vários relatrios científicos, referem que a perda de biodiversidade é um fator preocupante que provoca desequilíbrios ecolgicos, com profundos impactos nas nossas vidas, como as alteraçes de condiçes necessárias à prática de uma agricultura saudável, a cada vez menor disponibilidade de variedades genéticas, ou o surgimento de pragas, doenças ou pandemias descontroladas. Um relatrio de 2019 sobre a avifauna, elaborado pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, aponta para uma tendência negativa das populaçes de diversas espécies de aves. No mesmo ano, outro estudo alertava para o preocupante declínio das populaçes de insetos ao nível mundial, insetos fundamentais para a produção agrícola, como os polinizadores, dos quais as abelhas são emblemáticas. Muitos fatores, como a agricultura intensiva e super intensiva e o consequente uso excessivo de agroquímicos, a destruição de habitats, a desflorestação, a urbanização de muitas áreas e as alteraçes climáticas, são apontados como as principais causas de destruição de diversidade biolgica. O Partido Ecologista Os Verdes tem um patrimnio de trabalho e de intervençes que resultam do conhecimento do terreno, do contacto com as populaçes e com os técnicos e cientistas e que têm ido ao encontro das necessidades de preservação dos habitats, da biodiversidade e da salvaguarda das espécies ameaçadas. Esse conhecimento e inserção no terreno tornou claro que é essencial o reforço de meios humanos e materiais, essenciais à conservação da natureza. Saliente-se que por pressão e ação do PEV foram contratados mais os vigilantes da natureza, embora aquém da necessidade e exigiram a contratação de mais profissionais para o ICNF e o PEV sempre se opôs ao modelo de co-gestão das áreas protegidas, que privilegia outros interesses, nomeadamente, econmicos em detrimento da efetiva conservação da natureza. Os Verdes propuseram, por exemplo, travar e reduzir as monoculturas florestais e agrícolas, controlar as espécies exticas invasoras, alertar para os impactes da construção de grandes infraestruturas como barragens, exploração de recursos geolgicos em áreas de grande valor ecolgico, limitar a expansão urbana e turística no litoral, em particular nas áreas dunares, a recuperação das áreas ardidas, proteger o arvoredo urbano, medidas para a preservação e conservação dos polinizadores e dos seus habitats, a salvaguarda das espécies endémicas ameaçadas, entre muitas outras. No Distrito de Castelo Branco, ainda que sem deputados ecologistas eleitos por este círculo, Os Verdes deram expressão a vários problemas ligados ao ambiente e à conservação da natureza. Destacamos a nossa luta contra a exploração de lítio na Serra da Argemela e na envolvente da Serra da Estrela. O PEV foi o primeiro partido a intervir na Assembleia da República contra a exploração do lítio pelos impactos na qualidade de vida da população, nos ecossistemas e pela falta de transparência, um processo permeável às negociatas como se veio a verificar. Por exemplo, no caso do Barroso, Os Verdes alertaram, o Ministério Público veio darnos razão defendendo a nulidade da Declaração de Impacto Ambiental. Destacamos também a nossa luta pela prevenção de incêndios e a reflorestação das áreas ardidas por exemplo no caso dos grandes incêndios de 2017 ou nos incêndios de 2022 no Parque Natural da Serra da Estrela, a nossa luta contra a monocultura do eucalipto, a nossa luta pelo encerramento da Central Nuclear de Almaraz, um perigo à nossa porta, a nossa luta persistente contra a despoluição de rios e ribeiras, como é o caso do Rio Zêzere, do Tejo, ou das ribeiras da Sertã, a exigência do caudal ecolgico no Tejo, para evitar o desastre ambiental nos seus afluentes como o Ponsul, a luta contra os mega projetos energéticos, pintados de verde, que conduzem à destruição de ecossistemas, como é o caso dos parques fotovoltaicos ou denunciar os impactos da Central de Biomassa do Fundão nas populaçes e a subversão deste tipo de centrais que consome madeira nobre em vez de sobrantes florestais, levando Os Verdes no Parlamento a exigir a reformulação do modelo e apoios públicos a atribuir às centrais de biomassa florestal em função da sua sustentabilidade. Para o PEV é urgente revogar o simplex ambiental, de modo que todos os projetos com impactes ambientais significativos não fiquem dispensados de Avaliação de Impacte Ambiental, para se gerar mais transparência e para se dificultarem os favorecimentos de negcios. É também preciso tornar mais regulares a fiscalização e inspeção ambientais, de modo aleatrio e sem aviso prévio, com vista a detetar irregularidades, quer nos impactes das atividades, quer nos relatrios das monitorizaçes realizadas. Vários concelhos continuam a gastar água potável para regar jardins, quando poderiam reutilizar água das ETARs e aproveitar as águas pluviais. O ambiente está também a ser prejudicado pelos resíduos e poluição proveniente dos circuitos longos de comercialização, nomeadamente com a emissão de gases com efeitos de estuda pelo prprio transporte. Para o PEV, para se conseguir um ambiente mais saudável é preciso apoiar a produção e o consumo local bem como o desenvolvimento de circuitos curtos de comercialização. Aliás, o PEV lançou uma campanha nacional que percorreu vários mercados também no distrito de Castelo Branco, onde sensibilizava a população para consumir produtos locais. Todos estes pontos contribuem para a redução da pegada ecolgica e proteção do ambiente. Os Verdes, propem também a valorização da agricultura biolgica e familiar, bem como a redução de pesticidas químicos e a publicação da lei dos solos contaminados.
50 anos aps o 25 de Abril é preciso mais que nunca lutarmos pelo ambiente, lutarmos pela vida. A redução da dependência de combustíveis fsseis, visando o fim da sua utilização, os incentivos à mobilidade suave e o investimento na ferrovia são essenciais para que o país avance e o ambiente melhore. Assim como melhorar e adaptar às necessidades das populaçes os transportes públicos. Continuam a existir localidades completamente isoladas, em particular em tempo de férias escolares, sem a acesso a qualquer meio de transporte público. É urgente impedir o abate de árvores e a ocupação de hectares de solo agrícola para instalação de enormes centrais fotovoltaicas, situação que tem ocorrido um pouco todo o Distrito. Por último um ecologista alia sempre dois pilares estruturantes do desenvolvimento: o ambiente e a componente social. Um ecologista tem sempre presente que para defendermos o Ambiente, precisamos de ter condiçes de vida, de ver garantidos outros direitos, como o da habitação, trabalho, igualdade, educação, saúde ou justiça. Votar num futuro verde, verde de biodiversidade e não apenas de palavras, é votar na CDU! Dia 10 de Março estamos convictos que a CDU será reforçada e que Ecologia regressará à Assembleia da República. O Ambiente de Hoje é o Pão do Amanhã!!!! Viva o PEV Viva a CDU